Díli (timorpost.com) – O Provedor de Direitos Humanos e Justiça (PDHJ), Virgílio da Silva Guterres ‘Lamukan’, destacou que a obtenção de cartão eleitoral e passaporte de Timor-Leste por cidadãos indonésios é um assunto sério para o país.
Virgílio falava esta segunda-feira (15/05), em conferência de imprensa, na sede da Provedoria, em Caicoli, Díli.
“Como temos acompanhado, há acusações de que há cidadãos estrangeiros que têm em sua posse o cartão eleitoral e passaporte timorenses, oferecidos por indivíduos de uma força política, com o objetivo de votarem neste partido durante as eleições em Timor-Leste. Este assunto é sério e espero que as partes relevantes do Estado tenham já tomado medidas apropriadas sobre o caso”, disse Virgílio Lamukan.
Segundo o PDHJ, qualquer indivíduo ou partido político que esteja envolvido na questão em causa deve assumir a responsabilidade.
“A provedoria quer tocar no caso por ser já uma questão pública. Pedimos que haja já esforços de modo a prevenir a participação de estrangeiros nas eleições no dia 21 de maio. A nossa delegação está a recolher informações para a elaboração do relatório final”, afirmou o provedor.
Recorde-se que duas cidadãs indonésias declararam, no âmbito da campanha aberta do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), na passada quinta-feira (11/05), no campo de futebol de Maliana, em Bobonaro, que ambas, incluindo mais de 20 pessoas, têm em sua posse o cartão eleitoral e passaporte timorenses, oferecidos por indivíduos do partido Kmanek Haburas Unidade Nasional Timor Oan (KHUNTO), sendo que, em troca, lhes foi pedido que viessem a Timor-Leste votar neste partido.
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