Díli (timorpost) – As empresas locais Bureira, Ledi Tasi, Bunuk, Providénsia e Providénsia Leste, importadoras de madeiras de construção, flores frescas e outros produtos de origem vegetal, lamentam o requisito do Governo que lhes exige a apresentação do certificado fitossanitário como condição para poderem manter as atividades de importação.
O Gerente da Empresa Lei Tasi, António Gomes, disse que nunca tinha tido problemas com a importação, desde o princípio, em 2002, cumprindo todas as regras e pagando a devida taxa ao Estado.
“No entanto, o novo Governo veio complicar tudo, querendo agora aplicar o certificado fitossanitário, de que não dispomos. Isto vai prejudicar o funcionamento das empresas. Na verdade, o Estado indonésio não autoriza a saída das madeiras de construção para Timor-Leste, porque precisa delas para a sua própria indústria. Foram cidadãos indonésios que procuraram meios para exportar o produto para o nosso país e nós pagámos a taxa ao Estado”, disse António Gomes, ao Timor Post, via telefone, na sexta-feira (22/09).
António Gomes confessou ainda que, sem o certificado fitossanitário, que, para o dirigente, é apenas uma política do Governo, as empresas poderão fechar a porta e, como consequência, cerca de 200 timorenses vão perder o seu emprego.
“Considero um problema a decisão do Governo sobre a criação daquele documento. Timor-Leste precisa dos referidos produtos”, defendeu.
Segundo o diretor, será ainda igualmente impedida a importação de peixe fresco, ração para animais e flores frescas da Indonésia.
O Timor Post tentou confirmar o assunto junto do Diretor Nacional de Quarentena do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Florestas, mas disse que estava ocupado, assim como o Secretário de Estado das Pescas.
fitossanitário = designativo do certificado que atesta que uma planta está saudável, não sofrendo de doença ou pragas
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