Díli (timorpost) – Os agricultores de café consideram que o programa da reabilitação de plantações de café lançado pelo Presidente da República (PR) no ano passado não tem demonstrado resultados positivos.
O chefe do grupo de cooperativas Café Orgânico Hotino de Ermera, Lomelino Salsinha, acusou a organização que se encarrega da tarefa de pretender apenas receber o subsídio do Governo, uma vez que não fez nenhum controlo para acompanhar os progressos.
Segundo o responsável, em cada hectare das plantações reabilitadas, apenas 20% é que sobreviveram e há casos em que as plantas ficaram todas mortas.
“Vi no Suco de Manusae, no Posto Administrativo de Hatulia A, que os pés do café que foram podados não cresceram e alguns ficaram secos”, disse ao Timor Post, no domingo (24/09), via telefone.
Lomelino Salsinha lamenta ainda a passividade do Executivo que se limita apenas a alocar fundos “sem fazer nenhum esforço de controlo”.
Os agricultores lamentam o facto de a reabilitação que teve como objetivo aumentar a produção “transformar-se num pesadelo”.
“Não podemos, para já, substituir as plantas mortas por novas, porque estamos na época da seca”, lamentou um agricultor.
A Cooperativa Café Timor (CCT) de Railaco, que é responsável pela implementação do programa, informou que foram reabilitados 200 hectares de café em Ermera. A iniciativa conta com o apoio financeiro do Governo anterior no valor de 6,4 milhões de dólares americanos.
Além de Ermera, o programa cobre também outros municípios que dispõem de plantações de café.
A CCT desmente, no entanto, a acusação de que esta “abandonou o projeto”, salientando que possui 30 técnicos “para supervisionar a reabilitação em cinco municípios”.
A Cooperativa procedeu também à reabilitação de 100 hectares de café em Liquiçá e o mesmo número em Aileu, Ainaro e Manufahi.
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