Díli (Timor Post) – O Secretário-Geral do Partido Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN), Mari Alkatiri, pede aos agricultores de café que aumentem a sua produção para obter o certificado internacional do café orgânico.
Contou que o preço do café registou, nos últimos dias, uma ligeira subida no mercado, motivada pelas recentes calamidades que fustigaram o Brasil, danificando áreas extensas de cafezais.
“O café de Timor-Leste é conhecido no mundo, mas este não pode competir em pé de igualdade com os maiores produtores estrangeiros”, disse Mari Alkatiri aos jornalistas, esta terça-feira (23/08), na Universidade de Díli (UNDIL).
“Os nossos agricultores deveriam optar por abater todos os velhos cafeeiros e plantar novos no sentido de reforçar o potencial do café de Timor. Mas tal não se verifica, pois muitos hectares são dedicados à produção de outras culturas, como a do inhame pata de elefante ou ‘maek’ em tétum. Tudo isto condiciona a atividade, o que faz com que o rendimento do setor sofra uma quebra acentuada”, referiu o ex-Primeiro-Ministro.
Segundo o secretário-geral, o cultivo do maek plantado pelos produtores de café não dá a conhecer o país no mundo, apelando, por isso, à comunidade que não subestima a cultura do café.
“Podíamos ter promovido o setor do café como uma das principais atrações turísticas desde a restauração da nossa independência. Apesar do nosso café ser orgânico, continua sem certificação. Precisamos, pois, de envidar esforços para obter o tão desejado certificado internacional do café orgânico”, realçou.
Acrescentou, por fim, que se deve apostar na melhoria da produção em termos de qualidade e de quantidade, permitindo, assim, um crescimento significativo do rendimento do setor que é atualmente um dos maiores empregadores do país”.
550 total views, 6 views today






