Díli (timorpost.com) – Mais de 80 estudantes e ativistas participaram, na última sexta-feira (21.10), num seminário organizado pela Sala de Leitura Xanana Gusmão, que abordou a política e os mecanismos de implementação do Serviço de Apoio à Sociedade Civil e Autoria Social (SASCAS). A iniciativa visa promover o espírito crítico dos cidadãos timorenses, através do incentivo ao debate público sobre questões sociais do país.
Uma das participantes do seminário, Hilária Mendes, estudante do Departamento de Química da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e (UMTL), vê no encontro uma forma de se “manter atualizada e reivindicar melhorias junto das autoridades”.
O SASCAS é uma agência do setor público, reconhecida formalmente desde 2015 (VI Governo Constitucional). Financiada pela União Europeia até 2018, tem sido gerida, desde 2019, pelo Governo.
O técnico especialista do SASCAS, José da Silva, explicou que a auditoria social é uma ação organizada por indivíduos ou coletivos da sociedade civil que propõem soluções e propostas ao Governo e Parlamento. Entre as diversas ações, destacam-se as denúncias sobre gastos públicos, conduta de autoridades, sugestões de criação de leis específicas ou alteração daquelas que já existem.
“Todos os cidadãos saem beneficiados com o desenvolvimento do país. Por isso, devem estar conscientes dos problemas, para que possam encontrar a melhor forma de os resolver ou de exigir as mudanças necessárias”, ressaltou José.
Ao longo da sua existência, o SASCAS tem ajudado muitas organizações, não apenas em Díli mas também nos municípios. Contam-se, entre alguns exemplos, além da Sala de Leitura Xanana Gusmão, o Fórum ONG Timor-Leste (FONGTIL). Para os próximos anos, a intenção é ampliar os apoios para mais organizações da sociedade civil e indivíduos. O orçamento do SASCAS previsto para 2023 é de 170 mil dólares americanos.
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