Díli – A Organização Não Governamental (ONG) Mane ho Vizaun Foinsae considera que a atribuição mensal do subsídio de gravidez no valor de 20 dólares americanos motiva as jovens adolescentes a casarem mais cedo.
Segundo o diretor da ONG Mane ho Vizaun Foinsae, Américo de Araújo, o subsídio de gravidez atribuído tem como objetivo contribuir para a melhoria das condições de vida. No entanto, refere, que o incentivo pode trazer riscos a mães jovens com menos de 15 anos.
“O subsídio serve de estímulo às adolescentes com menos de 15 anos a casarem mais cedo. O Governo deve antes criar um sistema que não ponha em causa o futuro das jovens adolescentes de modo a garantir a sustentabilidade da sociedade”, disse Américo de Araújo ao Timor Post, na passada sexta-feira (08/04), em Delta Nova.
Para o responsável, caso o Governo não crie outros meios mais adequados, as jovens adolescentes com menos de 15 anos tenderão a casar mais cedo, o que trará impacto real à sua saúde, além de agravar o seu rendimento familiar.
“Não sabemos ao certo quais os riscos que poderão ter. Contudo, as jovens com menos de 15 anos que decidem casar irão enfrentar vários obstáculos, nomeadamente no que diz respeito aos problemas de saúde e financeiras”, referiu.
Já a Secretária de Estado para a Igualdade e Inclusão (SEII), Maria do Rosário de Fátima Coreia, disse que a atribuição do subsídio de gravidez é da responsabilidade do Ministério da Solidariedade Social e Inclusão (MSSI), cujo compromisso passa por melhorar a vida da população em geral.
“Compete ao Estado atribuir subsídios às pessoas elegíveis, nomeadamente aos mais carenciados e às grávidas com menos de 15 anos”, reforçou. (res)
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