DÍLI – O Ministério da Saúde (MS) informou que 400 pessoas infetadas com VIH/Sida abandonaram o tratamento.
O Instituto Nacional de Combate ao VIH/Sida (INCSIDA) apontou que a falta de conhecimento dos pacientes sobre a doença e a longa distância a percorrer até às unidades de saúde são as principais causas do abandono.
O INCSIDA prometeu que vai coordenar com as entidades relevantes para localizar os 400 doentes.
“É necessário que estes retomem o tratamento”, destacou o responsável do INCSIDA, Mateus Pinto, na terça-feira (19/03).
O Instituto está, atualmente, a apostar em ações de sensibilização junto da população.
O Serviço de Saúde do Município de Díli (SSMD) informou que o tratamento para os seropositivos está disponível em todos os centros de saúde da cidade, pelo que os encorajou a não desistirem dos cuidados médicos.
O coordenador de Combate ao VIH/Sida do SSMD, Egídio Pinto, referiu que há doentes que recorrem aos medicamentos tradicionais em vez de “cumprirem à risca os procedimentos médicos”.
“Não há, até ao momento, medicamentos que possam curar a doença. O tratamento regular é a única opção para as pessoas com VIH/Sida”, explicou o responsável.
O SSMD realçou ainda a importância da realização de testes precoces não só de VIH/Sida, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis.
A redução do número de casos de VIH/Sida, alertou o Serviço, não é um sinal positivo, uma vez que isso pode ser gerado pela falta de testes.
Segundo estudos feitos por Organizações Não-Governamentais, as pessoas com VIH/Sida continuam a ser discriminadas pela sociedade, incluindo pelos próprios profissionais de saúde. O mesmo documento refere que 40% dos pacientes já foram vítimas de preconceitos nas unidades de saúde.
O MS registou mais de dois mil seropositivos, sendo que 300 perderam a vida. Os dados foram recolhidos desde 2003.
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