Díli (timorpost.com) – Na discussão plenária desta terça-feira (21.11), no Parlamento Nacional (PN), a bancada da Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) exigiu que o Governo tome alguma medida relativamente aos acontecimentos em Gaza e propôs ao PN que aprove uma resolução de solidariedade pelo cessar-fogo na Palestina. Na declaração política, o deputado Aniceto Guterres usou o exemplo da luta timorense como mensagem solidária para o povo palestiniano na sua luta pela libertação nacional.
Na perspetiva da bancada Fretilin, apesar de um pouco por todo o mundo, as pessoas estarem a exigir o cessar-fogo imediato, “Timor-Leste ainda continua em silêncio. E sabemos que já houve tentativas de impedir cidadãos timorenses de se mostrarem solidários com as vítimas do conflito, nomeadamente os civis palestinianos. Por isso, a Fretilin propõe que o Parlamento aprove uma resolução de solidariedade internacional a exigir o cessar-fogo na Palestina, para garantir os seus direitos fundamentais”, afirmou Aniceto Guterres.
Recorde-se que no dia 12 de novembro, num concerto no Ministério da Juventude, Desporto e Cultura, no âmbito das comemorações do dia do Massacre de Santa Cruz e do Dia da Juventude, dois jovens timorenses foram detidos pela polícia, para interrogatório, e alegadamente agredidos. Na origem da detenção estará o facto de exibirem bandeiras da Palestina, em jeito de mensagem solidária relativamente ao confronto israelo-palestiniano.
“A Fretilin e Timor-Leste defendem e apoiam os dois Estados – palestiniano e israelita –, sobretudo no direito da Palestina em ser um estado soberano e livre”, afirmou Aniceto Guterres, presidente da bancada Fretilin.
Para a Fretilin, hoje o povo timorense é livre e Timor-Leste é um estado soberano e democrático, às custas de muita luta e sofrimento. “Enfrentámos esta luta com o coração, sem ódio nem vontade de vingança. Respeitámos a Indonésia, os seus cidadãos, incluindo mulheres e crianças”.
De acordo com as informações recolhidas pela bancada da oposição, o conflito entre o Hamas e as tropas de Israel, desde 7 de outubro de 2023, “já vitimou mortalmente cerca de 15 mil cidadãos palestinos, incluindo seis mil crianças. Estas pessoas morreram devido à violência, à perseguição e aos bombardeamentos. Muitas pessoas não conseguem aceder a alimentação, alojamento, água, eletricidade e assistência médica”, detalhou Guterres.
Em resposta à intervenção do deputado na plenária, a vice-presidente do PN, Maria Terezinha Viegas pediu aos técnicos do PN que as registassem e reencaminhassem para os órgãos competentes.
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