Díli (timorpos.com) – O Presidente do Instituto Nacional de Combate ao HIV-SIDA (INCSIDA), Daniel Marçal, considera que “não é fácil concretizar a política sobre a legalização dos locais de prostituição em Timor-Leste”.
“Não é fácil ser a favor da legalização dos locais de prostituição neste país, porque é preciso que todas as entidades cheguem a um consenso. Por isso, temos de procurar outra alternativa, pois este não é o único meio para combater o vírus. O mais importante é proteger o povo e o país desta doença”, defendeu o Presidente do INCSIDA, após uma campanha de consciencialização sobre o combate ao VIH/SIDA junto dos alunos da Escola de São José Operário, na passada sexta-feira (12/01), em Balide.
Explicou ainda que este assunto “não faz parte dos critérios definidos pelo INCSIDA para a prevenção do vírus, mas antes é um dos resultados de um debate público sobre o aumento do número de seropositivos no país”.
“É impossível legalizar os locais de prostituição para prevenir o VIH em Timor-Leste”, sublinhou.
Segundo o líder do instituto, “apenas a Igreja e o Parlamento Nacional se mostram preocupados com a situação atual do VIH/SIDA em Timor-Leste”.
“Não ouço falar sobre como proteger a nossa comunidade, mas há sempre críticas, sem soluções para prevenir a doença”, afirmou.
Daniel Marçal lamentou ainda o facto de os cidadãos não se aproximarem das unidades de saúde, que existem em quase todos os sucos, o que pode aumentar o número de desistência do tratamento antirretroviral, pondo em perigo a saúde pública.
Também a Madre Guilhermina corroborou a ideia de Daniel Marçal sobre a impossibilidade de definir em Timor-Leste locais para as atividades de prostituição.
“O povo timorense é fiel. Ao fazermos isso, estamos a diminuir o seu valor cultural. Vamos manter as ações de consciencialização sobre o vírus junto da comunidade e acompanhar e acolher os seropositivos, respeitando-os e evitando qualquer forma de discriminação contra eles”, sublinhou.
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