Díli (timorpost.com) – Daniel Marçal, ex-Secretário-Executivo do Instituto Nacional de Combate ao HIV-SIDA (INCSIDA, I.P), destacou a importância de o Governo criar uma política que permita reduzir o número de seropositivos.
“O Ministério da Saúde deve ter em consideração a questão ligada à doença do VIH no país. Temos de mudar a mentalidade dos cidadãos, pois muitas pessoas consideram que manter relações sexuais é uma necessidade básica, mas esquecem-se de que as práticas inseguras podem torná-las vítimas do VIH e de outras doenças sexualmente transmissíveis. Precisamos de uma política forte para podermos prevenir novas infeções”, defendeu Daniel Marçal, em declarações ao Timor Post, na passada sexta-feira (28/07), no Palácio do Governo.
Recorda ainda a inexistência de remédios para a cura do VIH, o que tem contribuído para a morte de muitas pessoas no mundo.
“A juventude é um dos grupos com maior risco de transmissão desta patologia devido às práticas de relações sexuais inseguras, o que é muito difícil de ser controlado. O Governo tem de considerar, por isso, o VIH como um problema nacional, não apenas um problema social”, referiu.
Daniel Marçal acusou ainda o Ministério da Saúde de ignorar o assunto, tendo deixado morrer pessoas com o VIH.
“As autoridades relevantes devem sensibilizar os cidadãos sobre o assunto”, pediu. Lamentou ainda o aumento do número de seropositivos para quase duas mil pessoas, com cerca de 400 vítimas mortais, “só por terem vergonha de receber cuidados médicos”.
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