Díli (timorpost.com) – O Presidente do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor (CNRT), Kairala Xanana Gusmão, vai exigir uma investigação alargada, que envolva as autoridades de segurança portuguesas, quanto aos alegados atos de corrupção detetados na construção do navio Haksolok, nos Estaleiros Navais de Mondego, na Figueira da Voz, em Portugal, caso o CNRT vença as eleições parlamentares de 2023 com maioria absoluta.
“O navio Haksolok agrada apenas a Mari Alkatiri e a um dos seus camaradas que está, agora, em Portugal”, acusou Xanana ao Timor Post, numa campanha do CNRT realizada em Lifau, na Região Administrativa Especial de Oe-cusse Ambeno (RAEOA).
O cabeça do maior partido da oposição no Parlamento Nacional afirmou ainda que “durante o seu mandato, Mari Alkatiri, através do seu genro, gastou 450 dólares para a compra de uma pen drive cujo valor, no mercado, é de três dólares”.
Xanana salientou, por isso, que o CNRT está sempre a alertar as autoridades judiciárias timorenses para investigarem os referidos atos, mas “os procuradores não nos ouvem”.
O ex-Primeiro-Ministro acusou também o então gabinete do Presidente da RAEOA, liderado pelo atual secretário-geral da Fretilin, de esconder e estragar os documentos em relação ao desenvolvimento da região, após o Governo formado pela coligação dos partidos CNRT, PLP e KHUNTO nomear José Luís Guterres para assumir o cargo do dirigente da RAEOA.
Xanana garantiu, por fim, que, caso a sua força política seja vencedora nas eleições legislativas deste ano, vai efetuar uma revisão à lei n.º 3/2014 que cria a RAEOA e estabelece Zonas Especiais de Economias Sociais de Mercado de Timor-Leste.
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