Díli – O Governo deve prever no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021 investimento nos setores da indústria de minerais, agricultura e construção do gasoduto para o país de modo a impulsionar a economia interna, pede o economista timorense Avelino Coelho.
“Sempre defendi que a prioridade deverá incidir na indústria do setor mineral. O Estado deve, por isso, prever no OGE de 2021 verbas avultadas para a construção do gasoduto para a costa sul”, afirmou o ex-Secretário de Estado da Política Energética, no passado domingo (20/09), via telefone.
Fez ainda um apelo ao Executivo que fosse distribuído um subsídio pelos agricultores a fim de estimular a produção local e apostar anualmente 20% do OGE para garantir o desenvolvimento do setor agrícola, visto que a maioria dos timorenses trabalha na agricultura.
Coelho lembrou ainda que, apesar de os setores da educação e saúde serem relevantes para o desenvolvimento do país, o Governo deve dar enfoque à criação de diversas empresas, pois o número de recém-licenciados tem aumentado anualmente.
Segundo o economista, é necessário que o Executivo preveja um orçamento suficiente para construir o gasoduto na costa sul, viabilizando, desta forma, outras áreas industriais e diversificando a economia do país.
“A construção do gasoduto para o país é crucial para incrementar o desenvolvimento de outras vertentes e diversificar a economia interna”, disse.
O ex-governante pediu também ao Ministério Coordenador dos Assuntos Económicos que definisse adequadamente as vertentes que precisam de ser postas em prática para alavancar o setor económico.
Coelho defendeu, como tal, o reforço monetário destinado à população e às empresas, em detrimento da distribuição da cesta básica para todos os cidadãos, pois não recuperará a economia do país.
“Vamos falar para os líderes partidários. Caso não deem agora prioridade a estas áreas cruciais, temos de aguardar nas próximas eleições presidenciais, em 2023”, concluiu. (kyt)
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