Díli (timorpost.com) – A Associação dos Deficientes Visuais de Timor-Leste (AHDMTL, em tétum) pediu ao Ministério da Educação a criação de condições adequadas para que os portadores de deficiência possam aceder facilmente à educação, principalmente ao ensino recorrente.
“As pessoas com deficiência não têm acesso de forma adequada à educação. Quem quiser, deve fazer um esforço extra para atingir o seu objetivo. Apelamos, por isso, ao Ministério da Educação (ME) que crie um sistema específico para que nós possamos concluir os estudos, através do ensino recorrente”, disse o diretor da tutela, Gabriel de Sousa, ao Timor Post, no sábado (01/07), no seu local de trabalho, em Manleuana.
Apontou ainda para o facto de não existir, desde a independência, uma política que permita a criação de condições adequadas para assegurar a qualidade do sistema educativo.
Lembrou também que “os deficientes visuais que vão acabar o ensino básico precisam de ir fazer os exames finais a Kupang, na Indonésia, antes de avançarem para o nível secundário, porque a educação timorense não os pode realizar”.
“Só a educação é que transforma a mentalidade das pessoas para contribuir para o desenvolvimento do país, mas o Governo, especialmente o ME não lhe dá prioridade, resultando em más condições das escolas”, lamentou.
Sublinhou ainda a importância de os professores frequentarem a formação especial sobre como ensinar as pessoas com deficiência.
Segundo o responsável, há alguns docentes que já frequentaram o curso especial, mas ainda “não puseram em prática os seus conhecimentos”.
Já a atual Ministra da Educação, Dulce de Jesus, comprometeu-se a dar prioridade ao melhoramento do sistema de educação, principalmente no que toca à educação inclusiva.
“Vamos dar prioridade à educação das pessoas com deficiência”, assegurou.
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