Díli – O economista timorense João Saldanha disse que Timor-Leste está atualmente a enfrentar três crises – a política, económica e sanitária, esta ligada à covid-19. Alertou, por isso, os governantes que resolvessem os problemas, pois a economia do país poderá sofrer uma quebra, o que afeta a vida da população.
“Temos uma crise política que está ainda por resolver. Enfrentamos também o problema da saúde pública. Caso os problemas não fiquem resolvidos, chegaremos, nos próximos três meses, a mais uma crise de economia com escassez de produtos alimentares”, afirmou João Saldanha ao Timor Post, na passada sexta-feira (17/04).
Segundo o economista, apesar de o Primeiro-Ministro ter retirado a sua carta de demissão, o impasse político em Timor-Leste ainda não está resolvido de acordo com “os padrões de um país democrático”.
João Saldanha referiu igualmente que, embora o Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) esteja a trabalhar de forma adequada na prevenção e no combate à propagação da covid-19, o número de casos positivos continua a aumentar e as condições dos centros de quarentena e de isolamento são precárias.
O economista lembrou igualmente que, como referem os empresários e os académicos, as pessoas só “aguentam” um mês de confinamento e será difícil ficarem em casa por mais um mês, caso haja prolongamento do estado de emergência.
João Saldanha insistiu, por isso, que o Estado timorense resolvesse os problemas políticos, económicos e sanitários.
“O Presidente da República, Parlamento Nacional e Governo têm a responsabilidade de garantir a estabilidade do país e resolver a crise política e de saúde pública, prevenindo, assim, uma recessão económica”, sublinhou.
O economista pediu, de igual modo, ao Governo que desse prioridade à saúde pública, combatendo o novo coronavírus e, posteriormente, contornasse o impasse político, garantindo, desta forma, a economia. (ono)
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