DÍLI – Jiangxi Cooper, uma empresa metálica estatal chinesa, manifestou o seu interesse em investir na exploração e indústria metálica em Timor-Leste, recrutando, como tal, 10 mil timorenses.
A empresa foi fundada em 1979 na cidade de Guixi Jiangxi, na República Popular da China. A sua presença em Timor-Leste tem como intuito, por um lado, investir na indústria e, por outro, criar emprego para os cidadãos timorenses, reduzindo, desta forma, a taxa de desemprego no país.
“Já abrimos 10 mil vagas para os timorenses. Podem ir conferi-las na SEFOPE [Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego]”, disse Jaemito Albano Franca, assistente-gestor da empresa, esta quarta-feira (28/10), aos jornalistas do Timor-Post, em Becora, Díli.
Jaemito referiu ainda que, segundo os termos científicos, a exploração metálica contempla duas categorias – a metálica (ouro, prata, magnésio) e a não-metálica (pedra e areia).
O gestor-assistente informou ainda que a empresa Jianxi Cooper pretende efetuar atividades de exploração, pelo que está, neste momento, a tratar de toda a documentação por forma a preencher todos os requisitos em colaboração com a Autoridade Nacional do Petróleo e Minerais (ANPM), como entidade reguladora.
“Temos de colaborar a fim de poder preencher os requisitos e obter uma licença para efetuar pesquisas durante os próximos seis meses”, afirmou Jaemito.
Segundo os estudos levados a cabo por esta companhia, foram identificados cinco municípios com potencial para a produção – Viqueque, Baucau, Lautém, Suai e Díli.
“O Governo timorense pode condenar-nos, caso não façamos nada dentro de um ou dois meses após a obtenção da licença. A meu ver, a empresa está preparada e atua com toda a seriedade, pois já realizou a terceira fase do recrutamento”, frisou.
O Ministro do Petróleo e Minerais, Vítor da Conceição Soares, disse, por seu turno, não ter sido informado acerca do interesse por parte de empresas estrangeiras na indústria metálica.
“Nunca recebi qualquer informação sobre o registo da Jiangsi Cooper, tanto no ministério como na ANPM”, disse Vítor, esta quarta-feira (28/10), aos jornalistas do Timor Post, à margem da sua participação na reunião ordinária do Conselho de Ministros, no Palácio do Governo.
Segundo o governante, qualquer companhia internacional que queira realizar atividades de negócio no país em matéria de produção metálica deverá registar-se antes.
“Em Timor-Leste, qualquer investimento desta envergadura deverá avançar segundo as normas impostas pela ANPM, enquanto entidade reguladora para as companhias nacionais e internacionais. Todos os negócios devem ter lugar com base nas regras previstas. Qualquer violação será alvo de sanção”, concluiu. (kyt)
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