Díli- A Diretora-Executiva da Unidade de Informações Financeiras do Banco Central de Timor-Leste (BCTL), Maria de Jesus Sarmento, disse que a sua direção recebe anualmente inúmeros relatórios sobre transações suspeitas de branqueamento de capital por parte de instituições do Estado, que são alvo de uma profunda análise no sentido de serem apurados indícios criminais.
“Anualmente, recebemos cerca de 200 relatórios de diversas instituições do Estado. Chamamos-lhes relatórios de transações suspeitas”, disse a diretora esta quinta-feira (17/12), em declarações aos jornalistas, no edifício do Ministério da Justiça, em Díli.
Segundo a responsável, a sua direção tem de proceder à análise detalhada de todos os relatórios recebidos, nomeadamente no que respeita a três tipos de crimes de branqueamento de capitais – fraude, corrupção e fuga de capitais.
Face ao número elevado de relatórios que lhe chegam às mãos anualmente, Maria Sarmento explicou que o BCTL necessita de adquirir informações adicionais de modo a aprofundar o processo, que envolve a análise dos respetivos documentos ligados aos Serviços de Informação e de Investigação.
“Os elementos que constam dos relatórios dizem somente respeito às transações suspeitas de branqueamento de capitais. São muitos os cidadãos timorenses e estrangeiros que cometem estes crimes, pelo que deverão cumprir penas de prisão. Alguns já foram julgados pelo Tribunal, enquanto estão a decorrer os julgamentos de outros”, concluiu. (jxy)
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