José Luís Guterres: Os fundadores do país não podem monopolizar a luta pela independência

Germenino Ximenes - Nacional
Reportajen : Cesário Sousa
Editor : Equipa do CLJ
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José Luís Guterres

Díli (timorpost.com)O ex-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Luís Guterres, pede aos fundadores da República Democrática de Timor-Leste que não monopolizem os acontecimentos históricos da luta pela libertação da pátria.

O ex-governante apelou, por isso, aos iniciadores da pátria que considerassem os continuadores do processo da luta pela independência do país.

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“Estou preocupado, uma vez que há uma grande tendência das pessoas da nossa geração de monopolizarem a fundação da Associação Social-Democrata Timorense (ASDT) e o início do processo da independência”, disse José Luís Guterres ao Timor Post.

O diplomata afirmou ainda que os fundadores que foram enviados para o estrangeiro no início da ocupação indonésia para fazerem o trabalho da diplomacia não acompanharam a luta armada no país até ao fim.

“Valorizo as palavras de Xanana, que disse “Eu não sou herói, o herói é o povo de Timor-Leste”. Temos de refletir sobre esta frase. Embora tenhamos sido os facilitadores e líderes da luta pela independência, quem apoiou e decidiu a independência foi o povo de Timor-Leste”, referiu.

O ex-embaixador de Timor-Leste nos Estados Unidos da América pediu, por isso, aos políticos que deixem de “gabar-se” dos acontecimentos históricos, o que não trará “boas lições para as gerações vindouras”.

“Valorizo também a ação de Ramos Horta, que quando chegou ao país decidiu entregar a medalha do Nobel da Paz à Fretilin com vista a honrar os comandantes que foram mortos durante a ocupação indonésia”, disse

José Guterres lembrou também que Xanana e Mahunu Bulere Karatayano foram os membros do Comité Central da Fretilin que sobreviveram ao braço armado indonésio durante a luta pela libertação de Timor-Leste.

“Eles foram os pioneiros da transformação do sistema político e militar na era da ocupação, entre 1986 e 1987, sobretudo a despartidarização das Falintil e a introdução da democracia, o que deu origem ao atual multipartidarismo e à liberdade de expressão”, contou.

José pediu, por outro lado, a construção de um monumento nacional de modo a honrar os heróis que morreram ao lutarem contra os invasores.

“É um problema, quando nós não recordamos as pessoas que deram a sua vida pela independência de Timor-Leste”, referiu.

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