Díli (timorpost.com) – O docente do departamento de Pesca da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) Abílio Fonseca informou que Timor-Leste perde, anualmente, uma quantia considerável da vida marinha, devido à pesca ilegal.
O académico defendeu que as autoridades de segurança e as entidades relevantes precisam de estabelecer relações com o objetivo de ajudar a combater a pesca ilícita nas águas timorenses.
“Não podemos cruzar os braços perante esta situação catastrófica”, disse ao Timor Post, esta quinta-feira (16/11).
A componente naval das F-FDTL e a Unidade da Polícia Marítima (UPM) não dispõem de recursos suficientes, neles se incluem barcos, para garantir o controlo das atividades de pesca ilegal, pelo que Abílio Fonseca sugere ao Governo que seja alocada uma fatia considerável do Orçamento Geral do Estado (OGE) ao Ministério da Defesa para colmatar esta lacuna.
“Um barco pode roubar entre 10 e 20 toneladas de peixe e não sabemos ainda quantas embarcações é que andam por aí a pescar nas nossas águas”, lembrou o docente.
Timor-Leste, salientou o académico, tem sido o país que se tornounum dos principais alvos da pesca ilícita no Sudeste Asiático depois do Vietname e Camboja.
“Entre os três países há um aspeto que os une – a má gestão no que diz respeito a adoção de medidas que visam combater de forma eficaz a pesca ilegal”, referiu.
A esmagadora maioria dos navios de pesca ilegal, acrescentou Abílio Fonseca, pertence aos países vizinhos, em particular à Indonésia.
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