Díli (timorpost.com) – O Presidente da República, José Ramos Horta, disse duvidar do relatório do Índice Global da Fome (IGF) que posiciona Timor-Leste num nível “sério” de fome, sendo o primeiro pior classificado entre os países da região do sudeste asiático.
“Os dados podem ou não ser certos. Mesmo que sejam apresentados por organizações internacionais, como a Organização das Nações Unidas, não significa que esteja de acordo, pois sou também um especialista. Por mim, as metodologias utilizadas neste tipo de estudo não são adaptadas à situação atual no terreno”, defendeu Horta, na quinta-feira (14/09), no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, na Praia dos Coqueiros.
Para o Chefe de Estado, “podem existir alguns casos de fome em Timor-Leste, mas estão muito distantes dessa classificação”.
“Acredito que, dentro de cinco anos, a situação ligada à fome no país vai ser melhor do que a de hoje, como mostram os dados do IGF, que não sabemos se são credíveis”, afirmou.
Segundo Horta, os resultados do estudo têm apenas como objetivo fazer a comparação entre Timor-Leste e os países asiáticos, que já são muito desenvolvidos.
“O nosso país acabou de restaurar a sua independência, em 2002. Ainda há muita coisa que deve ser resolvida, mas a população timorense é saudável”, destacou.
É de lembrar que, segundo o relatório do IGF de 2022 sobre a revisão e monitorização do nível de fome em cada país, numa escala que vai até aos 100 pontos, Timor-Leste obteve uma pontuação de 30,6, colocando o país no nível “sério” de fome.
A análise é feita com base em quatro indicadores – a desnutrição, o nanismo ou a baixa estatura, crianças com menos de cinco anos com baixo peso e mortalidade infantil nesta faixa etária.
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