Em agenda voltada para Educação, Marcelo Sousa fica em Timor-Leste até domingo
Em visita ao Centro de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE) de Díli, esta quinta-feira (19/05), o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ter esperança e confiança de que o Chefe de Estado timorense eleito, José Ramos-Horta, fará um bom trabalho em Timor-Leste por o considerar um homem com “muito conhecimento e interesse na educação”.
“Vim a Timor-Leste para dar um abraço ao antigo presidente [Francisco Lú Olo], ao novo e a toda a nação pelos 20 anos da Restauração da Independência, que celebramos a 20 de maio”, disse Marcelo, que participou da tomada de posse de Horta, na noite de quinta-feira, em Timor-Leste até domingo (22/05).
Também a agenda do Presidente português revela o investimento da Cooperação Portuguesa no setor da Educação. Após visitar a Escola Portuguesa Ruy Cinatti de Díli (EPD), Marcelo deslocou-se ao Centro de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE). Recebido com entusiasmo pelos alunos do CAFE, com direito a danças tradicionais, declamação de poemas e ao som de tambores, Marcelo afirmou que a língua portuguesa torna Timor-Leste e Portugal países irmãos.
Para o Presidente de Portugal, saber falar português “é como ter um passaporte para viajar no mundo”.
Marcelo visitará ainda a Escola Amigos de Jesus e a Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, ambas em Díli.
Alunos e professores esperam melhorias nos CAFE
O CAFE de Díli é um dos 13 centros distribuídos pelos municípios de Timor-Leste. Juntos recebem aproximadamente sete mil alunos.
A timorense Eleodia Monteiro é uma delas. Apesar de se dizer muito feliz por estudar no CAFE de Díli, a jovem destaca alguns problemas, como a chegada tardia de professores, que prejudica a aprendizagem.
“Com isso, o cumprimento de algumas disciplinas fica atrasado. E não gostamos de nos sentir atrasados”, disse. Ainda como questões a serem melhoradas, Eleodia enumerou a necessidade de mais livros e computadores e a revitalização da infraestrutura.
A respeito do atraso dos professores, Jorge António, docente de Química, considera que a situação também é uma preocupação para os colegas e que espera que não se repita. “A pandemia agravou muitos problemas. Este foi um deles. Muitos ficaram a trabalhar a distância na espera de voltar a Timor. Estamos todos aqui na busca por evoluir”, contou.
A professora de História Sónia Santos, também diretora do CAFE de Díli, enfatizou que os desafios são grandes, mas que todos os professores não têm medido esforços para continuar a melhorar a qualidade do ensino. “Sabemos das dificuldades. Porém, temos consciência do quão fundamental e transformadora é a educação. Estamos no bom caminho”, afirmou. (CLJ)
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