DÍLI (Timor Post) – A Ministra da Saúde (MS), Odete Maria Freitas Belo, disse que, apesar de o Município de Ermera ser o maior produtor de café, a região regista a percentagem mais elevada de má nutrição em todo o território.
“Estamos preocupados com os casos de má nutrição em Ermera. Embora o município seja o maior produtor de café em todo o país, além de ter um clima temperado propício ao cultivo de vários produtos, o certo é que os números indicam que é a região onde a população mais sofre com a má nutrição” afirmou Odete Belo aos jornalistas, na passada sexta-feira (24/09), após o encontro com embaixadores da União Europeia, China em Timor-Leste e elementos da sociedade civil, no MS.
Ao contrário do que se sucede no Município de Ermera, a governante referiu que nos restantes municípios o número de pessoas que sofre de má nutrição e de nanismo, no caso das crianças, é bastante menor.
“Estes dados talvez se justifiquem pelo facto de a população de Ermera não confecionar de forma mais saudável os alimentos, ainda que tenha produtos locais em abundância”, salientou.
Questionada sobre as medidas a serem adotadas com vista a pôr termo a esta situação, Odete Belo, referiu que o MS está a trabalhar conjuntamente com diversos parceiros de desenvolvimento bem como a sociedade civil para solucionar em definitivo o problema da má nutrição no país, com destaque para a região de Ermera.
“Os encontros promovidos, quer com os parceiros quer com a sociedade civil serviram para discutirmos diversos assuntos, sobretudo o problema da desnutrição que afeta vários municípios, onde se produzem alimentos todos os anos. Falamos sobre a questão da segurança alimentar”, questionou.
A ministra agradeceu, por outro lado, ao Embaixador da União Europeia o apoio concedido ao MS no sentido de serem tomadas medidas concretas que visam à solução do problema da nutrição.
Já o Embaixador da União Europeia em Timor-Leste, Andrew Jacobs, disse que a UE disponibiliza a Timor-Leste verbas, além de peritos que auxiliarão na implementação do Plano Nacional de Nutrição com vista à melhoria dos cuidados de saúde primários e da nutrição da população em geral.
“O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) disponibiliza também 5,6 milhões de dólares americanos para melhorar o trabalho, principalmente na gestão de prevenção da má nutrição e outras doenças, para além do programa de amamentação exclusiva dos bebés”, disse o diplomata. (res)
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