Díli (Timor Post) – A Diretora-Geral da Prestação de Serviços de Saúde, Odete Viegas, disse que o Ministério da Saúde (MS) deverá recorrer a uma nova estratégia na implementação da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Covid-19 para acelerar a imunização e evitar qualquer desperdício de vacinas.
A declaração surge na sequência de uma notícia a anunciar a existência de cerca de 360 mil doses da vacina da AstraZeneca armazenadas no Serviço Autónomo de Medicamentos e Equipamentos de Saúde que expiram no próximo dia 31 de outubro.
“A situação preocupa o MS, porque a vacina poderá ser desperdiçada, caso não seja administrada antes do limite do seu prazo de validade. Estamos, como tal, a avaliar a implementação do programa junto dos diretores do Serviço de Saúde Municipal para solucionarmos o problema”, disse a diretora aos jornalistas, após a avaliação, esta terça-feira (21/09), no hotel Novo Turismo.
Segundo Odete Viegas, a avaliação tem como objetivo identificar os desafios na realização da Campanha Nacional da Vacinação Contra a Covid-19 e adotar novas medidas que possam assegurar o sucesso do programa.
“Há ainda algumas doses que terminam o seu prazo de validade muito em breve. Estamos, por isso, muito preocupados. Temos de recorrer a outras estratégias. Visitaremos a população porta a porta, por exemplo. Desta forma, poderemos administrar atempadamente as vacinas e evitar a sua destruição”, disse.
Em causa está o facto de os centros de vacinação instalados nas aldeias, sucos, postos e centros de saúde deixarem de funcionarem conforme o plano traçado pelo ministério.
“Temos de ir bater às portas da nossa população, porque as antigas estratégias não foram bem-sucedidas. Há pessoas, incluindo aquelas que têm doenças graves e complicadas, que não se querem deslocar aos centros de vacinação por terem medo da vacina. Devemos, então, ir ao seu encontro para as sensibilizar sobre a importância da imunização contra o vírus”, disse.
“Além disso, vamos realizar campanhas de sensibilização nas igrejas. Depois da missa, todas as pessoas são obrigadas a participarem na sessão de partilha de informação sobre a vacinação contra a covid-19”, adiantou.
Também o Diretor-Executivo do Serviço de Saúde do Município de Ermera, António Fátima, referiu, que, apesar dos esforços, a grande parte da população da zona teima em não tomar a vacina por receio, acreditando em notícias falsas em detrimento das que foram emitidas pelo Governo.
“A campanha mantém-se. Contudo, a comunidade tem receio de ser vacinada devido às declarações de alguns políticos segundo às quais a covid-19 é uma mentira e a vacina pode causar mortes nas pessoas”, lamentou. (res)
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