DÍLI- O mercado de Taibessi tem vindo a registar uma queda de clientes e uma subida dos preços nestas últimas semanas, após a cerca sanitária e confinamento obrigatório impostos em Díli, a 08 de março.
Antes da resolução do Governo que impôs a cerca sanitária, o mercado de Taibessi, o maior do país, registava habitualmente uma grande afluência de clientes que adquiriam inúmeros bens de primeira necessidade, em particular produtos locais provenientes de vários municípios.
O comerciante de legumes João Soares confirmou a pouca afluência de clientes após a imposição da cerca sanitária na capital.
“No período da cerca sanitária, tem-se verificado uma falta de legumes e de hortaliças aqui no mercado, em parte devido às restrições de mobilidade. Para contornar esta situação, alguns vendedores têm de alugar carros para se deslocarem a Metinaro e comprar legumes e frutas para os vender de novo entre nós. Quanto aos preços, existe uma grande diferença, registando-se uma subida considerável”, referiu, esta sexta-feira (19/03), no Mercado de Taibessi.
Segundo o vendedor, antes de o Governo impor a cerca sanitária em Díli, uma embalagem de legumes custava 5 dólares americanos, ao passo que agora está nos 6 dólares. Este aumento dos preços, segundo João Soares, deve-se ao facto de haver muito pouca variedade de legumes por força das fortes medidas restritivas ao nível da mobilidade.
“Apesar da cerca sanitária, o certo é que nos últimos dois dias, começam a chegar até nós mais legumes. O problema é a falta de clientes. Em termos de lucros, conseguimos, em média, arrecadar só 15 dólares por dia. Dantes, ganhávamos até 40 dólares”, acrescentou.
Também a comerciante Maria de Jesus referiu o facto de a esmagadora maioria dos habitantes em Díli estar a cumprir o confinamento domiciliário, o que os impede de se deslocarem ao mercado.
“Todos os habitantes que moram em Díli têm de permanecer em casa devido às medidas restritivas impostas pelo Governo. O facto de a cidade registar diariamente novos casos de infeções, faz com que as pessoas não venham até cá”, concluiu
Já o Coordenador de Gestão do Mercado de Taibessi, António Araújo, afirmou que equipa de Gestão e Mercado continua a efetuar o controlo no mercado no que diz respeito às normas sanitárias, designadamente o uso da máscara, a lavagem das mãos e o distanciamento social.
“Peço diariamente aos vendedores e clientes que cumpram as medidas da prevenção da covid-19. Sabemos que é difícil controlar certas medidas, sobretudo a distância social, mas estamos a esforçamo-nos para que tal aconteça”, disse.
Segundo o dirigente, o mercado dispõe de tanques de água e sabonetes suficientes para os vendedores e clientes lavarem as mãos.
“Recebemos também apoio por parte de [organizações da] sociedade civil e de alguns grupos voluntários, que nos disponibilizaram máscaras, sabonetes e luvas”, concluiu. (isa)
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