DÍLI (Timor Post) –A Associação de Deficientes de Timor-Leste (ADTL) condena a falta de seriedade do Ministério da Saúde (MS) por não desenvolver uma estratégia que visa a proteção das pessoas com deficiência.
O Diretor-Executivo da ADTL, Cesário da Silva, disse que, apesar de o Governo ter criado uma lei que garanta e proteja os direitos dos portadores de deficiência, na prática considera que ainda está tudo por fazer.
“Estamos preocupados com a aplicação da lei de proteção dos direitos das pessoas com deficiênca, pois constatámos que a política inclusiva implementada pelo Ministério da Saúde é quase inexistente. O MS teima em não definir uma estratégia que assegure, por exemplo, as pessoas com perturbações mentais”, afirmou Cesário da Silva aos jornalistas, na passada sexta-feira (03/12), após a comemoração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, em Comoro.
Para o responsável, as verbas disponibilizadas pelo atual Governo é manifestamente insuficiente para a execução plena do Plano Nacional de Ação que prevê a proteção de todos os portadores de deficiência. Por esse motivo é que lamentamos a falta de seriedade das instituições relevantes na hora de executar o respetivo plano.
Segundo Cesário da Silva, as pessoas com deficiência, nomeadamente os que sofrem de mobilidade reduzida, têm enfrentado inúmeros problemas devido à ausência de acessibilidades físicas.
O Diretor Nacional de Proteção e Promoção das Pessoas com Deficiência, Mateus da Silva, destacou, por seu turno, o trabalho desempenhado pelo Ministério da Solidariedade Social e Inclusão (MSSI) no auxílio aos doentes mentais que recebem tratamento, quer no Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) quer no Centro de Laclubar.
“A organização PRADET está a confecionar diversas refeições bem como a preparar a medicação necessária para serem distribuídos aos doentes mentais que vivem na rua”, disse.
O dirigente afirmou ainda que o Governo traçou já um plano estratégico que visa ajudar as pessoas que sofrem de doenças mentais.
“Existem já algumas instituições que planeiam criar um espaço próprio para receber e cuidar de doentes mentais. Contudo, é sabido que é difícil curar doentes com problemas mentais crónicos”, concluiu. (res)
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