Díli (timorpost.com) – A Asosiasaun Feto Munisípiu Díli (AFMD/Associação das Mulheres do Município de Díli, em português) registou um total de 13 mulheres que se candidatam às eleições de Chefe do Suco no Município de Díli, a ter lugar neste mês.
A presidente da AFMD, Maria de Fátima Pereira, falava ao diário Timor Post esta quarta-feira (04/10), à margem da sua participação na formação das candidatas, no auditório do Ministério das Finanças, em Fatuhada, Díli.
“Temos 13 candidatas a chefe de suco, além de outras 50 registadas para chefe de aldeia e delegadas. Todas elas estão a participar na formação sobre a liderança comunitária. As formandas são oriundas dos postos administrativos de Vera Cruz, Na’in-Feto, D. Aleixo, Cristo Rei e Metinaro”, disse Maria de Fátima.
Segundo a presidente, para ter uma forte liderança, uma líder comunitária deve acolher toda a gente e as suas aspirações sem distinção e ser firme na tomada de decisões.
“Atualmente, nos cinco postos administrativos do Município de Díli, há três chefes de suco do sexo feminino, nomeadamente em Kampung Alor, Krisinfoor e Bemori. Exceto a de Bemori, as duas primeiras recandidatam-se para concorrerem nas próximas eleições”, referiu a responsável da AFMD.
Na mesma linha, a presidente da Rede Feto Timor-Leste (RFTL), Zélia Fernandes, informou que a sua organização encoraja as mulheres para se candidatarem às posições na liderança comunitária, como chefes de suco e de aldeia e também delegadas.
Pediu, por isso, às associações que facilitem formações com o objetivo de elevar o conhecimento e a capacidade de liderança das mulheres com potencial, para que estas sejam motivadas para concorrerem nas eleições.
Zélia Fernandes manifestou ainda a sua preocupação sobre a recente declaração do Chefe do Posto Administrativo de Lautém, no Município de Lautém, Zaret Alda da Silva, que tenta impedir a participação das mulheres nas eleições de chefe de suco apenas por a cultura de Lautém não permitir a liderança das mulheres.
“A Rede Feto lamenta a declaração do administrador do Posto Administrativo de Lautém, pois viola as leis em vigor e impede os direitos das mulheres num Estado de direito democrático como Timor-Leste. Homens e mulheres neste país democrático têm os mesmos direitos e deveres, inclusive a participação na liderança de qualquer instituição, tanto pública como privada”, disse Zélia Fernandes.
A formação de dois dias para as candidatas a líderes comunitárias é apoiada pelas ONG parceiras, como Caucus, Pátria, Fundação Alola e Promosaun Igualdade ba Feto, incluindo o STAE de Díli.
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