Díli (timormorpost.com) – O Presidente da República, José Ramos Horta, pediu à Organização Mundial de Saúde (OMS) que reconhecesse o impacto das mudanças climáticas na biodiversidade como um desafio da saúde pública global, pedindo, por isso, aos países desenvolvidos zero emissões de gases com efeito de estufa em 2050.
Ramos Horta falava na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28) que decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro deste ano no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU).
O Chefe de Estado apresenta, nos dias 2 e 3 deste mês, durante a cimeira, as prioridades de Timor-Leste na adaptação às mudanças climáticas.
“O Presidente da República entrega na cimeira uma declaração nacional de Timor-Leste que relata a experiência do país de enfrentar os diferentes impactos das alterações climáticas, sobretudo as inundações, erosão, aumento do nível da água do mar e a seca prolongada, limitando as capacidades financeiras e tecnológicas da recuperação do país”, lê-se no comunicado do Gabinete da Presidência da República a que o Timor Post teve acesso.
Segundo o Chefe de Estado, as causas mencionadas deram também origem à diminuição da produção agrícola, aumento dos problemas de insegurança alimentar, falta de água potável e destruição de infraestruturas.
“Pedimos aos países desenvolvidos que financiem as nossas prioridades citadas no Plano da Adaptação Nacional, nomeadamente agricultura, segurança alimentar, água, infraestruturas e saúde”, referiu.
Ramos Horta deu ainda a conhecer aos participantes o compromisso de Timor-Leste de promover o desenvolvimento com menor volume de dióxido de carbono, focando-se no uso das energias renováveis e na reflorestação.
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