COVALIMA (pt.timorpost.com) – O Ministério do Petróleo e Recursos Minerais (MPRM) levou a cabo, na quinta-feira (08/02), uma campanha de divulgação de informação sobre a legislação ligada ao projeto Suai Supply Base junto dos habitantes de Camenassa, Belekasak, Matai e Holbelis, em Covalima.
O ministro da tutela, Francisco da Costa Monteiro, revelou que a campanha se deveu ao facto de vários projetos ligados ao desenvolvimento da costa sul, principalmente os que serão realizados em Covalima, fazerem parte da prioridade do nono Governo.
“O nono Governo importa-se muito com o desenvolvimento da economia do país, como já disse várias vezes o Primeiro-Ministro, em especial no que toca aos projetos em Suai. O MPRM recebeu orientações do Chefe do Governo para acelerar as atividades económicas nos municípios, com destaque para as petrolíferas e indústrias na costa sul do país. Então, viemos cá para vos informar sobre as leis e os detalhes do plano a serem feitos nos próximos cinco anos”, explicou Francisco da Costa Monteiro, durante a campanha, na quinta-feira (08/02/2024), em Covalima.
O governante sublinhou ainda que a política do seu executivo é dar continuidade ao desenvolvimento do Projeto Tasi Mane, que se encontra parado.
“O Suai Supply Base, enquanto centro logístico, é um projeto de grande dimensão entre os que fazem parte do Projeto Tasi Mane, além de ser uma parte muito importante para o desenvolvimento do setor petrolífero no país, incluindo a industrialização, que dele vai depender muito”, explicou.
Recordou ainda a preocupação dos populares gerada pela estagnação do projeto durante algum tempo, depois de ter sido iniciado pelo V Governo liderado por Xanana Gusmão. Garantiu, como tal, que o Executivo “se vai esforçar para fazer avançar esta iniciativa”.
“O projeto Suai Supply Base vai abranger 1.113 hectares dos terrenos de quatro sucos – Camenassa, Belekasak, Matai e Holbelis. Já temos todos os dados das famílias afetadas identificados no mandato do V Governo. Agora, vamos dar continuidade ao processo”, assegurou.
Já o habitante de Covalima Jacinto Gouveia Leite defendeu a necessidade de serem preparadas condições para a população afetada, antes de iniciar o projeto.
“É importante que o ministério tenha um plano adequado para o realojamento da comunidade afetada, para não ser vítima do desenvolvimento. Não queremos que os líderes só venham prometer sem cumprir as suas palavras, como o que foi feito pela Timor Gap. Não podemos aceitar isso”, lamentou.
Participaram na divulgação os representantes da Timor Gap, secretários do Município de Covalima, conselheiros dos Veteranos de Covalima, membros do Comando Municipal de Covalima, autoridades locais e os habitantes de quatro sucos.
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