Díli (timorpost.com) – O Comando Municipal de Díli (CMD) da Polícia Nacional de Timor-Leste ativa ações de fiscalização noturna nos bairros de Díli para evitar conflitos que poderão ocorrer no seio da comunidade.
As informações foram reveladas pelo Comandante da Secção de Operação do CMD, Inspetor José Luís Amaral, ao Timor Post, no passado domingo (27/08), via telefone.
“Recebemos orientações do Comandante-Geral para efetuar o patrulhamento rotineiro nos bairros de Díli para controlar os jovens que bebem álcool, fazem barulho e apedrejam habitações da comunidade. Não vamos tolerar estes atos”, sublinhou.
Segundo o inspetor, o CMD tem o apoio de outras unidades policiais, como os serviços secretos e a Polícia Marítima, para impedir que “os membros dos grupos de artes marciais criem problemas”.
“É uma operação conjunta. O CMD não está a trabalhar sozinho. O nosso objetivo é vigiar os jovens que gostam de provocar desacatos nos bairros. Temos de ser rigorosos para evitar os conflitos na capital de Díli”, sublinhou.
O comandante explicou ainda que, além dos carros de patrulhamento, os polícias andam a pé, vigiando os bairros para permitir um controlo máximo.
Apelou ainda à população de Díli que não se amedronte com a presença dos polícias no terreno.
“Pedimos à comunidade que coopere com as autoridades policiais, informando-as, no caso de identificarem sinais que possam provocar crimes para que os agentes da polícia possam intervir de forma antecipada. É necessário que os pais controlem os seus filhos”, destacou.
Solicitou, por último, aos grupos de artes marciais que cooperem com a PNTL para garantir a paz e a estabilidade no país.
“Já está a haver alguns progressos, mas é preciso fazer mais para garantir o acesso à justiça pela população”, disse Júlio Crispim ao Timor Post, no passado sábado (26/08), via telefone.
Em causa está o número avultado de casos pendentes em tribunais da primeira instância do país.
Já Hugo Lourenço, um docente da Universidade de Díli (UNDIL), sublinha a necessidade de avançar com a reforma da justiça, nomeadamente a revisão de leis, para melhorar os serviços do setor.
“Muitos casos de crime são praticados por líderes do país e por seus familiares, mas são, depois, libertados por tribunais por não haver provas suficientes”, adiantou.
Foi, recentemente, criado o Grupo de Trabalho da Reforma do Setor da Justiça (GTRSJ), tendo sido nomeada a ex-ministra da Justiça Lúcia Lobato como coordenadora.
Além de reformar o sistema judiciário timorense, o GTRSJ encarrega-se ainda de proceder à revisão do Plano Estratégico de Desenvolvimento (PED) 2011-2023.
avultado = grande (bo’ot) |
342 total views, 9 views today






