Díli (timorpost.com) – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, em inglês) defende a necessidade de o Governo timorense tomar medidas urgentes para responder ao problema do trabalho infantil no país.
Ambos os organismos pedem que seja implementado o Plano de Ação Nacional (PAN) para combater as diversas formas de trabalho infantil.
O número de crianças que executam os trabalhos, que não estão de acordo com as suas idades, tem aumentado em Timor-Leste. Segundo os dados recolhidos pela Comissão Nacional contra o Trabalho Infantil (CNTI), entre 2016 e 2022, existem cerca de 50 mil menores.
Pobreza e famílias numerosas são apontadas como principais causas do envolvimento das crianças no trabalho infantil, já que os pais as obrigam a trabalhar desde tenra idade para ajudar a cobrir despesas da casa.
“Muitos menores não vivem a sua infância, porque a sacrificam para fazer os trabalhos dos adultos”, relatou Bilal Durrani, representante da UNICEF, esta segunda-feira (12/06).
Uma das medidas que o Executivo precisa de tomar, de acordo com a OIT e UNICEF, pode passar pela melhoria dos serviços e criação de condições que visem permitir o aumento de postos de trabalho, ajudando, desta forma, as famílias com carências financeiras que acabam por “sacrificar os seus filhos”.
Em vários pontos de Díli, é possível encontrar crianças a venderem frutas, doces e almôndegas, o mais conhecido por “pentolan”. Algumas delas deixam de estudar e outras andam nas escolas, mas passam as horas fora das aulas para exercerem a função de vendedores ambulantes.
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