Díli (timorpost.com) – O ex-deputado da Fretilin Alexandre Araújo disse que “compete agora ao Governo e ao CNRT decidirem qual dos dois candidatos a comissário da Comissão Anti-Corrupção (CAC) é que deve avançar”, segundo o pedido da Fretilin, como resultado do consenso político dos dois partidos.
“A Fretilin só dará o seu apoio. Mesmo que, para a Fretilin, os dois candidatos sejam bons, pediu que o Governo retire um deles. Cabe, então, agora ao Executivo fazê-lo. Se o pedido for aceite, haverá só um único candidato e teremos novo comissário da CAC. A decisão está nas mãos do CNRT e do Governo”, disse o ex-parlamentar, em declarações ao Timor Post, no passado domingo (01/10).
Defendeu ainda que o Executivo “não tem razão para prolongar mais as eleições do novo comissário da CAC, pois “a Fretilin está pronta para o apoiar, se houver apenas um candidato”.
“Os líderes políticos não podem adiar mais a nomeação do novo líder desta instituição, que devia ter sido realizada em março deste ano. Caso o cenário se mantenha, os políticos estarão a denegrir a nossa lei”, sublinhou.
O Presidente da Bancada da Fretilin, Aniceto Guterres, tinha antes pedido ao “candidato a comissário da CAC sem apoio do Governo para desistir da nomeação para que possam ser realizadas as referidas eleições”.
“Queremos um consenso político. Quanto aos candidatos a comissário da CAC, já escolhemos o da nossa preferência e o CNRT aceitou avançar só com um. Então, o outro que não tem o apoio, será melhor retirá-lo”, afirmou.
Aniceto Guterres deixou uma mensagem a toda a população que “o Parlamento Nacional tem a capacidade de criar um consenso político que vai ao encontro do interesse do Estado”.
“Peço, por isso, aos dois candidatos que colaborem com o Governo e entendam a intenção deste consenso”, afirmou.
Já o Presidente da Bancada do CNRT, Duarte Nunes, disse que o seu partido precisava de discutir com o Governo o pedido da Fretilin.
“Já nos encontrámos com a Fretilin. Apresentou, na reunião, uma exigência que necessita de ser apresentada ao Governo para que todos contribuam para esta nomeação. Esperamos que a decisão seja tomada com base no consenso político”, concluiu.
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