Díli (timorpost.com) – O deputado do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) Firmino Taeki pediu ao Governo que exonere já Arsénio Bano do cargo de Presidente da Autoridade da Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno (RAEOA) por “ter promovido discriminação contra a comunidade do enclave que não seja da sua cor partidária”.
O parlamentar relatou que a população do Suco de Bobocassa está, há dois meses, sem água canalizada depois de o sistema de distribuição de água ter sido desmontado, na sequência de uma construção da estrada na zona que, até à data, ainda está por concluir.
“Os responsáveis pelo projeto disseram que não podiam pôr o sistema a funcionar até que o projeto fosse concluído. Então, se uma estrada estiver em construção, deve ser cortado o direito do povo de acesso à água”, ironizou o deputado, durante o debate, na terça-feira (19/09), no Parlamento Nacional.
Contou ainda que, apesar de o Serviço de Água e Saneamento da região distribuir a água pela zona, como resposta ao problema, houve famílias que não beneficiaram do recurso por “não serem do partido do Presidente da Autoridade da RAEOA”.
“As famílias que não pertencem ao partido de Arsénio não tiveram acesso à água distribuída, atitude esta que fez com as vítimas lamentem muito”, relatou.
Além da falta de água, registaram-se cortes frequentes da energia elétrica e um aumento exponencial no preço de arroz.
“A comunidade foi apresentar os problemas às autoridades, mas culpabilizaram-na por considerar que a sua escolha pelo CNRT foi um erro. Por isso, peço ao Primeiro-Ministro que exonere, o mais rápido possível, Arsénio do seu atual cargo, pois a população de Oé-Cusse já manifestou, nas últimas eleições, o seu desgosto pela sua equipa”, afirmou.
O deputado considerou urgente a desativação das funções do atual Presidente da Autoridade da RAEOA em detrimento da alteração da orgânica do enclave.
“Por mim, seria melhor enviar já um dirigente interino para Oé-Cusse. A lei pode ser discutida posteriormente. Insisto na aceleração desta medida, porque tem sido uma preocupação da comunidade de Oé-Cusse”, concluiu.
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