Díli- O Chefe de Departamento da Saúde Ambiental e Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (MS), José Moniz, revelou que este ministério registou, desde janeiro deste ano, 1.030 casos de dengue e dez vítimas mortais
José Moniz referiu ainda que a maioria das vítimas mortais são crianças, grande parte oriundas dos municípios de Díli e Liquiçá.
“De acordo com as informações do Departamento de Vigilância Epidemiológica, registámos mais de mil pessoas com dengue, tendo dez morrido. Dei a conhecer à ministra os números alarmantes que vão exigir da parte do Governo medidas proativas”, afirmou na passada sexta-feira (19/06), no âmbito do lançamento da instalação de tanques de água em Manuleuana, levada a cabo pela União Europeia, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Direção Nacional de Água e Saneamento.
Segundo o responsável, uma equipa nacional foi destacada para prestar apoio nos diferentes municípios que apresentam um elevado risco de dengue.
“Nós, da equipa nacional, apoiamos sem reserva todos os municípios que registaram inúmeros casos de dengue, como os de Díli, Ermera, Liquiçá e Ainaro. Recordo que o Ministério da Saúde encetou um plano de ação que visa justamente prevenir a dengue”, referiu.
Mudanças climatéricas, lixo amontoado nas vias públicas e locais propícios à reprodução de mosquitos, sobretudo em águas estagnadas, são para José Moniz fatores que contribuem para que Timor-Leste registe uma taxa elevada de casos da dengue.
“A proliferação de mosquitos resulta não apenas das mudanças climáticas mas também do lixo que é deitado ao chão de forma aleatória e ainda da presença de charcos de água estagnada. Este local é propício para os mosquitos transmissores da doença”, explicou.
José Moniz mostrou também o seu desagrado com o facto de o armazém onde está armazenado todo o equipamento de intervenção para combater o surto da doença estar praticamente vazio, pelo que reportou de imediato a situação à ministra. Apesar deste contratempo, afirmou que o MS continua a promover ações de divulgação de informação sobre medidas de prevenção da dengue junto da população.
Já a Diretora do Serviço de Saúde do Município de Díli, Agostinho Segurado, tinha antes afirmado que no período compreendido entre janeiro e maio deste ano, este serviço tinha reportado 736 pacientes com dengue, sendo que sete acabariam por morrer.
“Em maio, registámos ao todo 30 doentes com dengue. Durante as primeiras duas semanas deste mês, deram entrada no Hospital Nacional, na Maternidade de Fatumeta e centros de saúde mais doentes, como refere o relatório. Face ao número que não para de subir, continuamos a promover ações de prevenção e de combate, como operações de fumigação”, concluiu. (jry)
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