Díli (timorpost) – O Fórum das Organizações Não-Governamentais de Timor-Leste (FONGTIL) questionou o trabalho dos adidos timorenses na Austrália e Coreia do Sul. Em causa está a polémica sobre os trabalhadores que decidiram abandonar o sistema e trabalhar “ilegalmente”.
“O Governo falha no controlo de trabalhadores no estrangeiro, porque os adidos não estão empenhados nas suas funções”, disse o diretor-executivo do FONGTIL, Valentim Pinto, esta quarta-feira (20/09).
O Fórum defende que o Executivo deve tomar medidas para pôr fim à questão e, neste caso, os adidos assumem um papel principal, já que “são mais próximos dos trabalhadores”.
“Quase metade dos timorenses que trabalham lá fugiram do sistema estabelecido entre Timor-Leste e os dois países. Por isso, o Governo precisa de resolver primeiro o problema antes de enviar mais trabalhadores ”, avançou o responsável.
“O adido deve ser a primeira pessoa que está a par da situação dos trabalhadores e oferece assistência, em casos necessários, para garantir a proteção ”, sublinhou.
Questionado sobre o assunto, o diretor-geral da Secretaria de Estado da Formação Profissional e Emprego (SEFOPE), Paulo Alves, respondeu que a instituição se limita apenas a “pedir aos trabalhadores para fazerem uma declaração com conhecimento da família para não abandonarem o sistema”, medida essa que tem sido aplicada desde o início da implementação do programa.
“Temos mantido a coordenação com o adido na Coreia do Sul para controlar os trabalhadores. Estes devem regressar ao país depois de cinco anos, mas muitos não estão a cumprir a regra”, explicou.
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