DÍLI (Timor Post) – O Reitor da Universidade da Paz (UNPAZ), Adolmando Soares Amaral, considera que o atual Executivo liderado por Taur Matan Ruak foi incapaz de responder aos problemas da população.
“O problema das infraestruturas básicas mantém-se e este cenário é visível em quase todo o território. A má gestão dos gastos do Orçamento Geral do Estado (OGE) constitui uma falha do Governo”, disse Adolmando Soares aos jornalistas, esta quinta-feira (06/01), no seu local de trabalho.
O responsável questiona ainda o facto de mais de um quarto do OGE de 2021 não ter sido executado.
“Apenas 73% do OGE do ano passado foram executados. O Executivo alocou um número avultado das verbas, mas não as conseguiu executar na sua totalidade devido à falta de tempo”, salientou.
Adolmando Soares destaca ainda o facto de a falta de capacidade do Governo em analisar a situação ter travado o crescimento da economia e com isto fazer subir a taxa de desemprego.
Por tudo isto, o Reitor da UNPAZ duvida que o OGE para 2022 no valor de dois mil milhões de dólares americanos venha a ser executado na sua totalidade, já que é um ano marcado pela realização das Eleições Presidenciais.
“Só têm sete meses de tempo útil, porque os restantes vão ser dedicados à realização da campanha eleitoral e de Eleições Presidenciais. Por isso, não acredito que eles [os membros do Governo] possam executar todas as verbas”, avançou.
Adolmando Soares acrescentou que o Executivo usa sempre a expressão “o dinheiro é do povo” que na sua opinião não passa de uma manobra de usar a população como “instrumento” para a sua estratégia política, ocultando a sua “incapacidade”.
Também o decano de Ciências Políticas da UNTL, Camilo Ximenes, partilha a mesma opinião.
“Podemos alocar o orçamento num montante significativo, mas se não houver capacidade de execução por parte dos ministérios ficará sem efeito”, disse. (jry)
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