Díli – O Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidélis Magalhães, garantiu que o povo timorense não sofrerá de fome, pois a importação dos bens de primeira necessidade será mantida, mesmo que o país esteja num período de estado de emergência. Apelou, como tal, à população que “não entre em pânico”.
As declarações surgiram na sequência das informações vindas a público de que se regista atualmente uma diminuição na quantidade de arroz disponível no Armazém Nacional.
“Não entrem em pânico. Não acredito que nos debatamos, de repente, com uma crise de produtos alimentares. Quando era Ministro Coordenador dos Assuntos Económicos (MCAE), consegui lidar com uma situação idêntica e nunca se registou qualquer subida no preço de arroz nem escassez”, afirmou o responsável ao Timor Post, após a reunião do Conselho de Ministros, nesta quarta-feira (06/01), no Palácio do Governo.
Fidélis recordou de igual modo que o Ministério Coordenador dos Assuntos Económicos tinha antes adquirido 30 mil toneladas de arroz, armazenadas no Centro Nacional Logístico, assegurando também que o Executivo está a envidar todos esforços para impedir qualquer especulação de preços dos bens de primeira necessidade.
“Embora estejamos no período de estado de emergência, a importação dos bens alimentares mantém-se. Como é sabido, o nosso país depende de produtos importados. Por isso, não creio que estejamos agora a entrar numa crise significativa de arroz e se registe um aumento no seu preço”, insistiu.
Se isto acontecer, de acordo com Fidélis, os ministérios Coordenador dos Assuntos Económicos, do Turismo, Comércio e Indústria bem como da Agricultura e Pescas coordenar-se-ão para porem fim à questão.
“Peço ao setor privado que mantenha o fornecimento dos bens de primeira necessidade ao povo, pois, nesta situação bem difícil, o Governo precisa da sua contribuição. Apelo ainda [às empresas] que não aproveitem esta oportunidade para especulação de preços dos bens. Têm, pelo contrário, de cooperar com o Governo para garantirmos uma vida melhor à nossa população”, concluiu.
Já um vendedor de Aileu, que rejeitou ser identificado, queixou-se da subida do preço do arroz.
“Quando vim comprar o arroz, já não era suficiente e custa agora 14 dólares por saco, sendo que antes custava 11 dólares. Em Aileu, registou-se uma escassez do produto”, disse a fonte.
Segundo as informações apuradas pelo Timor Post, verificou-se uma diminuição da quantidade de arroz em algumas lojas em Díli, disponibilizando-se apenas entre quatro e 20 sacos. (kyt/mj2)
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