Timor Post – O Timor Post celebrou na terça-feira (28.02) o 23.º aniversário e lançou a nova plataforma online, de live streaming, no Youtube. O diário foi criado a 29 de fevereiro de 2000, na governação transitória da ONU, com o lema “Criar Unidade, Justiça e Democracia”.
A missão do Timor Post passa por divulgar informações de interesse público e contribuir para o pensamento crítico da população, através de um jornalismo educativo e de fácil compreensão.
Para assinalar o dia marcante do órgão de comunicação, alguns funcionários veem hoje o diário como um jovem maduro e independente, para trabalhar e poder tomar decisões sozinho.
O diretor Jacob Ximenes disse que o Timor Post já entrou na era da digitalização. A nova plataforma é, nas palavras do diretor, “mais um passo nessa direção”. Em sentido contrário, para o diretor, a imprensa tradicional está a perder leitores.
“Mas, com o trabalho desta equipa unida, acho que podemos manter vivo o jornal. Acredito que os funcionários estão a trabalhar muito para desenvolver e estimular a nossa empresa. O futuro será certamente melhor”, afirmou Jacob.
Adérito Hugo da Costa, presidente Conselheiro Administrativo do Timor Post, disse que, desde o seu lançamento, o diário tem dependido totalmente dos leitores, que o adquirem todos os dias ou que fazem subscrição mensal, e das entidades que compram espaços no jornal, impresso e online, para publicidade.
“Temos leitores desde o primeiro dia do Timor Post, que nos têm dado alguma sustentabilidade durante estes 23 anos. Isto quer dizer que o jornal não escreve conteúdos que promovam pessoas ou entidades, o que nos confere credibilidade e neutralidade”, avaliou Adérito, um dos fundadores do Timor Post.
Augusto Sarmento, chefe cessante da Redação, deu os parabéns ao Timor Post. Reconheceu, porém, que foram muitos os desafios durante o seu mandato. Um deles é o domínio da língua. “Por exemplo, conseguimos hoje que uma parte dos nossos jornalistas consiga comunicar em bahasa com pessoas indonésias, em português com cidadãos membros da CPLP e em inglês com falantes de língua inglesa.”, refletiu Augusto, que terminou o seu mandato também nesta terça-feira.
O presidente da República, José Ramos-Horta, esteve presente no aniversário do Timor Post e felicitou a empresa. No seu discurso, o chefe de Estado ressaltou que, desde o seu primeiro mandato, sempre apoiou os media através da compra de equipamos, como computadores. Também pediu aos parceiros internacionais para apoiarem os órgãos de comunicação social em Timor-Leste com a doação de meios tecnológicos.
“Defendo que o Governo já deveria ter alocado orçamento para apoiar os media timorenses, pelo menos, os que já existem há 5 ou 10 anos, visto que já mostraram trabalho e sacrifício para manter esta atividade essencial para a democracia”, observou.
A primeira equipa do Timor Post foi formada por 14 timorenses, que já tinham trabalhado na imprensa durante a ocupação indonésia. Atualmente, a instituição tem um total de 61 funcionários, 45 pessoas do sexo masculino e 16 mulheres. (JS)
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