Díli (timorpost.com) – O presidente da República (PR), José Ramos Horta, encontrou-se, no âmbito da Confederação de Empresas de Portugal, com vários empresários portugueses e convidou-os a fazerem investimento em Timor-Leste.
Na ocasião, garantiu que o Estado timorense proporcionará todas as condições aos futuros investidores estrangeiros que pretendem investir em Timor-Leste.
Segundo o Chefe de Estado, Timor-Leste apresenta sérias lacunas no que diz respeito ao setor industrial, salientando a necessidade de se apostar em setores como o têxtil, farmácia e armazéns para o armazenamento de fármacos.
Salientou, entretanto, que se vai deslocar a Nova Iorque para coordenar com o representante do Open Society Foundation, George Soros, para o envio de uma equipa a Timor-Leste com vista a efetuar um estudo sobre a situação económica de Timor-Leste, com destaque para a política de modernização da economia prevista para o início de 2023.
“Vou encontrar-me com George Soros para discutirmos o envio de uma equipa de peritos a Timor-Leste com o objetivo de fazer um estudo minucioso sobre economia em Timor-Leste. Vamos lançar, em 2023, um documento sobre a modernização da economia do país”, disse Ramos Horta, no comunicado a que o Timor Post teve acesso.
Segundo Horta, a adesão de Timor-Leste à Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, em inglês) abrirá portas ao mercado internacional. Por isso, entende que Portugal poderá exportar os seus produtos através de Timor-Leste como forma de entrar no mercado da ASEAN.
Salientou ainda que a medida a adotar para consumar a modernização económica deve estar condizente com o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN) 2011-2030, ainda que necessite de pequenos ajustes.
O Vice-Presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Timor-Leste (CCI-TL), Fernando da Silva, elogiou, por seu turno, o esforço do PR para convencer os empresários portugueses a investirem no país.
“Estamos prontos para trabalhar com o setor privado português de forma a serem criados postos de trabalho para os timorenses. O Governo deve, por isso, assegurar a estabilidade política, além de criar um seguro da vida para quem queira vir investir no nosso país”, disse.
Fez ainda um apelo ao Executivo que fosse criado um decreto-lei que regula o investimento bem como a aquisição de bens imóveis com o propósito de atrair a vinda de futuros investidores estrangeiros.
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