Díli (timorpost.com) – O Governo dá luz verde para o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MNEC) avançar com medidas de proteção aos cidadãos timorenses que estão abandonados e sem abrigo em Portugal.
“Recebemos instruções do Governo para avançarmos com medidas concretas que visam dar proteção aos timorenses que estão em Portugal completamente ao abandono e muitos deles estão sem abrigo. Estamos muito preocupados, na medida em que na Europa o tempo frio se aproxima. Não vamos obrigar os cidadãos a regressarem a Timor-Leste”, disse o vice-Ministro dos Negócios, Estrangeiros e Cooperação, Julião da Silva, aos jornalistas, na passada sexta-feira (21/10), no seu local de trabalho, na Praia dos Coqueiros.
Segundo o governante, caso tenham sido vítimas de redes criminosas de tráfico de pessoas para exploração laboral, o ministério pretende colaborar com a Embaixada de Timor-Leste em Portugal para solucionar o problema.
Pediu, entretanto, aos cidadãos timorenses deixados praticamente ao abandono pelo país acolhedor que cooperassem com as autoridades de segurança para possibilitar o seu repatriamento.
“Não temos números exatos. A imigração é que contem todos os dados dos cidadãos que se encontram atualmente em Portugal. Os cidadãos enganados e abandonados devem registar-se na sua respetiva embaixada”, salientou.
Lembrou ainda que mais de sete mil timorenses estão registados na embaixada, neles se incluem estudantes e cidadãos abandonados pelas agências de viagens.
Recordou, por outro lado, que o projeto de proteção dos timorenses apresentado pelo Gabinete do Primeiro-Ministro prevê medidas para tentar agilizar ações de proteção dos cidadãos na diáspora.
“O decreto prevê medidas para a proteção dos cidadãos como a proteção de socorro em caso de catástrofe natural, situações de repatriamento ou de grave perturbação da ordem pública”, concluiu.
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