Díli – O Secretário-Geral do Partido Democrático (PD), António da Conceição ‘Kalohan’, considera infrutíferos os esforços envidados pelo seu partido, que tentou unificar as duas grandes forças políticas timorenses – o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e a Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (FRETILIN) -, para pôr fim ao impasse político que o país vive nos últimos três anos.
“Os dirigentes do Partido Democrático (PD) envidaram esforços para pôr fim ao impasse político, tentando unir os dois grandes partidos, o CNRT e a FRETILIN, mas recebemos sempre um cartão vermelho”, disse António da Conceição ‘Kalohan’ aos jornalistas, na passada sexta-feira (15/05), no Parlamento Nacional.
António da Conceição recordou ainda que, após o chumbo do Orçamento Geral de Estado de 2020 no Parlamento Nacional, o PD enviou de imediato ao Presidente da República, Francisco Guterres ‘Lú Olo’ uma carta oficial a solicitar que fosse promovido um diálogo entre o CNRT e a FRETILIN para ser formado um Governo de grande inclusão.
“Propusemos ao Presidente da República que promovesse um diálogo que pudesse resultar num Governo de grande inclusão, liderado pelo CNRT e FRETILIN. Poderiam depois escolher pessoas dos outros partidos, no âmbito de uma política tecnocrata: quem tem capacidade é que pode ser selecionado. Esta foi a proposta do PD ao Presidente da República, enviada a 29 de janeiro”, lembrou aos jornalistas o líder parlamentar do PD.
‘Kalohan’ relembrou ainda que o PD pediu também encontros com os dois partidos para lhes fazer a mesma proposta – a formação de um Executivo de grande inclusão.
“Encontrámo-nos com eles [CNRT e FRETILIN] a 18 de fevereiro e fizemos-lhes o nosso pedido. Falámos com eles para que se pudessem encontrar e dialogar, mas tudo isto não teve nenhum resultado positivo”, afirmou.
Segundo o deputado, outro esforço do PD foi apresentar, no debate da extensão do estado de emergência, ao Primeiro-Ministro uma proposta por escrito a pedir-lhe que indicasse Kay Rala Xanana Gusmão para liderar o Centro Integrado da Gestão de Crise, envolvendo ainda o Secretário-Geral da FRETILIN, Marí Alkatiri, sendo que Taur mantinha as funções de Chefe do Governo.
António da Conceição revelou igualmente que o PD votou na altura a favor e absteve-se à extensão do estado de emergência esperançado de unir estes dirigentes.
“Nesta altura do debate da extensão do estado de emergência, o presidente do PD votou a favor e eu e outros colegas abstivemo-nos. Isto constituía um instrumento de diplomacia para que o Primeiro-Ministro se juntasse a nós [para podermos unir os líderes], mas nada aconteceu. Enquanto bancada de pequena dimensão, demos sempre o nosso apoio, mas não nos quiseram ouvir”, afirmou. (flo)
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