Baucau – O candidato a Presidente da República (PR), José Ramos Horta, considerou que a subida do preço da eletricidade em Timor-Leste acaba por condicionar o setor privado.
“O Governo não tem mostrado vontade em inverter o custo elevado da eletricidade”, disse Ramos Horta, no sábado (09/04), no âmbito de uma ação de campanha levada a cabo junto da comunidade do Suco de Cairiri, no Município de Baucau.
Segundo Ramos Horta, o Governo timorense rejeita reduzir a taxa da eletricidade às empresas que oferecem trabalho a centenas de timorenses, ao contrário do que se verifica nos países desenvolvidos onde a maioria das empresas está isenta da taxa na fatura da eletricidade.
“O Governo não deve obrigar as empresas a impôr o pagamento de impostos e taxas, caso contrário estará a condicionar a sua viabilidade, para além de impedir a criação de novos postos de trabalho aos timorenses. Nos outros países a taxa aplicada ao consumo de eletricidade às empresas tem muito menos impacto do que aqui ”, referiu.
“Por exemplo, o Hotel Timor é uma empresa que emprega mais de 100 timorenses, mas paga mensalmente em média 30 mil dólares. É um valor muito acima daquilo que se pratica lá fora, cuja taxa está fixada nos cinco mil dólares”, revelou.
Para reverter este cenário, Horta destacou a necessidade de o Governo coordenar com as empresas com vista a reduzir a taxa aplicada ao consumo de eletricidade.
Segundo a observação do Timor Post, Ramos Horta fez-se acompanhar dos representantes do Partido Congresso Nacional da Reconstrução de Timor, Partido Democrático, Partido Unidade de Desenvolvimento Democrático, Frente Mudança, Partido Democrático da Resistência de Timor e Partido Socialista Democrata.
A ação contou ainda com a presença de elementos ligados à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Polícia Nacional de Timor-Leste. (ono)
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