DÍLI- O Ministério do Turismo, Comércio e Indústria (MTCI) prevê alocar 1,7 milhões de dólares americanos do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021 para três áreas turísticas prioritárias – gestão turística, desenvolvimento comunitário e turismo doméstico.
As declarações foram proferidas pelo Diretor-Geral do Turismo, José Quintas, em declarações aos jornalistas, esta sexta-feira (02/10), no Centro de Informação Turística, em Bidau Lecidere.
“Do OGE para 2021 prevemos uma verba de 1,7 milhões de dólares americanos para desenvolver três eixos essenciais, como a gestão turística, o desenvolvimento comunitário e o turismo doméstico”, disse o diretor-geral.
O dirigente afirmou ainda que a Direção-Geral do Turismo trabalhará com os parceiros de desenvolvimento e o setor privado para desenvolverem e promoverem o turismo doméstico, que poderá trazer benefícios para os diferentes municípios.
Segundo José Quintas, uma tranche do orçamento destinar-se-á ao reforço da capacitação dos recursos humanos.
“Em relação à capacitação dos nossos meios humanos, vamos apostar na formação em áreas como a hospitalidade, serviços domésticos e guias turísticos”, afirmou.
O diretor manifestou ainda o desejo de que o orçamento proposto possa contribuir para manter o desenvolvimento do setor do turismo no território, com destaque para as infraestruturas básicas relativas às atrações turísticas.
“Precisamos de melhorar as nossas ofertas, sobretudo no que toca às infraestruturas básicas, conetividade e aos pagamentos em linha”, frisou.
De acordo com José Quintas, os dados estatísticos mostram uma subida substancial do número de turistas internacionais no país até 2020 – 77 mil em 2017, 149 mil em 2018 e 220 mil em 2019. Já em relação a este ano, regista-se uma forte queda em virtude da pandemia provocada pela covid-19.
O dirigente afirmou, de igual modo, que, segundo os dados do Banco Central de Timor-Leste (BCTL), se registou igualmente um aumento gradual das receitas turísticas, tendo, em 2017, sido arrecadados, 72 mil dólares americanos e mais de 112 mil dólares em 2019.
“O Governo precisa de fazer um maior investimento. Constatamos anualmente uma flutuação das receitas turísticas e isso não traz nada de bom para o desenvolvimento do setor. Devemos consciencializar-nos da importância do investimento”, salientou.
José destacou também o papel de relevo que assume cada cidadão timorense no desenvolvimento e preservação das atrações turísticas, apelando para a necessidade de cuidar do ambiente, não cortar árvores e não matar animais de modo a que o visitante possa desfrutar de toda a beleza natural.
Para o diretor, é ainda necessário haver retorno para que a gestão do setor do turismo possa ser sustentada.
“No futuro, o MTCI precisa de retorno. Não podemos apenas gastar. Isso é uma contribuição e não retribuição”, concluiu. (jho)
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